O SESCON-SP, como entidade do setor empreendedor contábil no Estado de São Paulo, não poderia deixar de se manifestar sobre a polêmica envolvendo as matérias veiculadas pela grande imprensa na última semana apontando a profissão contábil como uma das que podem ser extintas até o ano de 2025, em virtude do avanço da tecnologia.

A origem deste apontamento veio de um infográfico publicado originalmente pela revista TAX Insights, da Ernst & Young, reunindo dados de estudos da Nasa, Gartner, Intel, OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), entre outros. Após a repercussão, a EY enviou um comunicado às redações para esclarecer que houve uma incorreção na tradução do termo da expressão inglesa “tax preparer” (preparador de obrigações fiscais do Imposto de Renda e demais tributos).

O SESCON-SP também recebeu um pedido de desculpas da diretoria de Comunicação da EY, que destacou, em sua carta, que o equívoco esteve baseado na previsão de que o processo relativo às obrigações acessórias deve ser realizado automaticamente pelo Fisco no futuro e ainda destaca que as transformações devem sim aumentar a importância desses profissionais para a sociedade e o mercado em geral. “Afinal, os contadores do futuro terão o desafio de utilizar as novas tecnologias e lidar com uma quantidade de informações sem precedentes – gerada pela Internet das Coisas e pela revolução digital”, diz o texto.

Desta forma, o SESCON-SP vem a público reafirmar o que tem disseminado permanentemente: que o empresário e o profissional contábil estão sendo cada vez mais requisitados e o seu papel tem sido cada vez mais importante para o crescimento das empresas e para o desenvolvimento do País.

É verdade que a nossa atividade e a tecnologia caminham a cada dia mais juntas e, hoje, não há como falar em contabilidade sem mencionar sistemas, softwares, aplicativos, certificação digital e outros braços tecnológicos. Elas são aliadas, se complementam.

Também é importante frisar que nós somos os primeiros a combater a burocracia e complexidade impostas ao empreendedorismo brasileiro. Quantas não foram as mobilizações do SESCON-SP e de outras entidades contábeis nas últimas décadas em favor da desburocratização? Muitas delas com resultados muitos positivos.

Com a redução da burocracia, podemos efetivamente nos dedicar exclusivamente ao que de fato nos propomos, sermos consultores, com análises e prospecções para auxiliar nossos clientes nas tomadas de decisão.

O Fisco brasileiro tem imposto aos contribuintes um número excessivo de exigências fiscais, apenas para atender a sua necessidade de controle, e como intermediadores desta relação, esse trabalho acaba recaindo sobre nós.

Portanto, se no futuro, as obrigações acessórias forem feitas automaticamente pelo Fisco, como foi previsto na pesquisa, nós seremos os principais beneficiados e a nossa atividade poderá realmente atingir o seu ápice, como assessora fundamental do desenvolvimento.

Na nossa previsão, em 2025, o contador e o empresário do setor terá ainda um papel ainda mais demandado pela sociedade.

Fonte: Sescon/SP